Produtividade: Desafio do Brasil Real
Segundo o Conference Board, organismo internacional que mede a produtividade dos países, apesar dos esforços para o aumento da produtividade feita nos últimos 40 anos, nós brasileiros, ainda somos 4 vezes menos produtivos que Alemanha e Estados Unidos. E para não dizer que a comparação é injusta dado o ponto de partida de cada país, fomos ultrapassados por Malásia, Coreia do Sul, Taiwan e Chile. Além disso, segundo estudos recentes, a situação é dramática, principalmente se consideramos as empresas com menor faturamento.
A situação nas grandes empresas é bem mais favorável. Conceitos do lean/six-sigma estão bem estabelecidos e podem ser evidenciados através da existência de cartas de controle, formação green belt e/ou black belt de gestores, registros de ciclos de melhoria de indicadores e, o mais importante, uma cultura de melhoria contínua bem estabelecida.
Apesar de todos esses esforços no sentido do aumento da produtividade, existem algumas práticas adotadas, inclusive em empresas transnacionais, que não são as melhores. Como tudo que não agrega valor para o cliente pode ser entendido como desperdício, essas práticas são a materialização desse mal tão criticada nas origens no movimento da qualidade no Japão do pós-guerra. Nesses mais de 15 anos, em nossas visitas como consultores vemos que:
- Mudanças de programas de produtividade, em muitos casos, são apenas troca de nomenclatura;
- A burocracia é intensificada, evidenciada pelo excesso de documentação produzida;
- Quantidade exagerada de indicadores de resultado (5+), geram relatórios de várias páginas e são raramente lidos;
- Falta de valorização da simplificação e da capacidade de síntese como critério de avaliação dos trabalhos executados, ou seja, o que merece elogio ou remuneração meritocrática deve ser um relatório de 1 página, e não um de 30;
- Repetição de análises no Minitab (software pago) que poderiam ser inteiramente automatizadas no R (software gratuito)
A princípio pode parecer que somos contrários a evolução dos sistemas de gestão da qualidade. Na verdade, somos contra a FALSA evolução desses sistemas. A verdadeira evolução passa pela redução das horas dedicadas como a gestão da qualidade sem que o sistema deixe de prestar o seu papel. Dessa maneira, a evolução dos sistemas de gestão da qualidade deve passar pela simplificação e automação de atividades, como por exemplo:
- Coletas de dados via internet das coisas (IoT);
- Redução os tempos de análises através da automação e da predição;
- Uso de algoritmos de inteligência artificial como Machine Learning para prever quando um sistema irá sair do estado de controle estatístico;
- Diminuição de custos de manutenção, passando equipamentos antes classificados como manutenção preventiva para manutenção preditiva;
- Automação de processos inteiros, tanto administrativos quanto operacionais, através da adoção de BPasS (Business Process as a Service) ou potencializando economias mais localizadas através de algumas aplicações baseadas em SasS (Software as a Service).
Nós da Solverus atuamos nas duas frentes, tanto na simplificação dos sistemas de gestão da qualidade quanto na adoção de práticas inovadoras geralmente associadas a indústria 4.0. Estamos comprometidos com o resultado no seu negócio e buscamos constantemente um resultado na relação de 10 para 1, ou seja, para cada real investido buscamos um retorno financeiro, validado contabilmente, de 10 reais. Nosso time de consultores está a disposição para avaliar o seu negócio.
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